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Expectativa x Realidade: quando a criatividade também é oferecer

  • Otto Chiquito
  • 13 de ago. de 2015
  • 2 min de leitura

O dia está corrido. O telefone toca sem parar. Os trabalhos se acumulam na mesa. A rede de internet não funciona. Para completar o cenário de caos, recebemos aquele pedido bomba. E o cliente quer tudo pronto para amanhã!

Ok, buscamos serenidade em meio ao frenesi. Passamos para a segunda fase. Anotamos o pedido. Corremos atrás de fornecedores. Calculamos os prazos. Montamos os respectivos cronogramas.

Os fornecedores também estão com os cabelos em pé, pois, como é de praxe, ameaçamos fazer com outros se não recebermos o orçamento no tempo solicitado. Essa correria contagia todos que passam pelo nosso caminho, na mesma proporção da complexidade do pedido.

O relógio não para. Passado o sufoco inicial, respiramos aliviados com a entrega do orçamento ao cliente. Podemos considerar a missão cumprida. Afinal, passamos o cetro da responsabilidade para outra pessoa. O sucesso do pedido bomba não depende mais de nós.

Mas não é assim que acontece. Depois de aprovado o orçamento, ainda temos que negociar com profissionais que possam concretizar o trabalho com a verba disponível. Precisamos comprar criação. Mais um monte de blá, blá, blá.

Quando o projeto é encerrado, recebemos os elogios. Não, também não é assim que acontece. Na maioria das vezes, ouvimos o famoso “ficou bom, mas poderia ficar melhor”. Parece ingratidão frente ao esforço que dispendemos para atender àquele pedido bomba com prazo curtíssimo.

Antes de perder a linha, devemos pensar na “psicologia dos pedidos” com base no comportamento humano, porque nem só de planilhas e preços vive o Marketing. Talvez, do lado de lá, também tenha uma equipe vivendo uma situação caótica. Consequentemente, os pedidos chegam na agência com briefing incompleto. E a correria de lá faz a nossa correria aqui.

É nesse momento que podemos por em prática aquele ditado “fornecedor é parceiro”. Cabe a nós (agência) entendermos essa dinâmica de receber e retribuir, valorizando os relacionamentos com aqueles que nos salvam quando surgem imprevistos.

Atualmente, quem passa muito tempo pensando em um projeto acaba chegando à conclusão de que simplificar é o melhor caminho. Em minha opinião, menos é menos. Podemos tentar outra forma de trabalhar, mas com a pressão por resultados temos que ser racionais e usar o tempo a nosso favor.

Por exemplo, quando o cliente quer fazer um evento, surge uma série de tarefas relacionadas (e a experiência nos mostra que várias dessas tarefas se repetem para diferentes eventos). Existe uma verba definida, mas cabe a nós propor ações para o uso racional desses recursos, em busca da superação da expectativa do cliente. Porque todo e qualquer projeto pode ser melhorado e a excelência deve ser perseguida em todos os trabalhos.

Eu costumo acompanhar todas as etapas do trabalho da nossa equipe. Avalio o que deu certo e o que não funcionou, para poder buscar alternativas que garantam a satisfação dos nossos clientes. Quando recebemos o reconhecimento, temos certeza de que demos o nosso melhor.

Otécio Chiquito Junior

Sócio-fundador da Chetto Comunicação


 
 
 

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